Seminários do CAU/BR discutem mudanças no ensino e acreditação
26 de julho de 2013 |
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Arquitetos e urbanistas membros dos diversos CAU/UF vão se reunir em três seminários previstos até setembro para debater e propor mudanças no que se refere ao ensino, à formação e à acreditação da profissão no Brasil. O primeiro desses eventos aconteceu esta semana, na cidade de João Pessoa, na Paraíba, e teve como representante do CAU/PE a coordenadora da comissão de Ensino e Formação, Cláudia Torres. Estão previstos ainda mais dois encontros: em Brasília, nos dias 22 e 23 de agosto; e no Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de setembro. A ideia é reunir sugestões colhidas nesses três debates para consolidá-las em documento a ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE).
As atuais diretrizes curriculares datam de 2010. A edição aprovada pelo CNE, entretanto, apresentou “alterações importantes e conflitantes com o percurso de qualificação do ensino e formação na área que ocorreu nos últimos 20 anos, principalmente se levarmos em conta a criação do CAU e a atualização da carta da UNESCO/UIA sobre educação dos arquitetos”, defende Eduardo Chiletto, coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR.
“Esse ciclo de seminários vem para descentralizar a discussão sobre temas como o exame profissional, a acreditação das escolas, as atribuições legais e os detalhes do currículo”, explicou o arquiteto e urbanista Fernando Diniz, conselheiro federal através do CAU/PE e membro da comissão de Ensino e Formação do CAU/BR. Com a visita recente aos Estados Unidos, onde se encontrou com representantes do American Institute of Architects (AIA), Fernando espera contribuir para a discussão com as referências internacionais colhidas durante a viagem. “Estamos estudando sistemas de acreditação. A intenção é trabalhar junto com as escolas para tentar melhorar o nível de ensino”, pontuou.
Dentro desse contexto, um dos temas que terá atenção especial é o da Residência Técnica, que une formação e prática profissional com o objetivo de assegurar melhor serviço à sociedade pelos arquitetos e urbanistas. A residência poderia ser feita em prefeituras e órgãos de governo, ou mesmo em escritórios, e poderia inclusive estar relacionada à Lei de Assistência Técnica. “Trata-se de uma discussão complexa, mas a Residência Técnica complementa perfeitamente a formação profissional. No médio prazo, sua aplicação acarretaria em um melhor exercício das atividades do arquiteto e urbanista no mercado de trabalho, assim como na defesa do cidadão e de seus interesses”, explica Chiletto.