Enchentes demandam solidariedade e planejamento para recuperação das cidades
31 de maio de 2017 |
|
Os estados de Pernambuco e Alagoas estão mobilizados em torno de doações para amenizar os impactos das enchentes em diversas cidades do interior. A solidariedade vêm de todas as partes do Estado em forma de alimentos, água, roupas e material de higiene pessoal, com participação ativa de arquitetos e urbanistas. Além da ação humanitária imediata, entretanto, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE) entende como fundamental um olhar atento sobre o território para enfrentar os desafios urbanos que emergem deste cenário de destruição.
“A lógica do planejamento das cidades foi sempre de negação ao meio ambiente, o que provou-se equivocado. Hoje a resiliência urbana é indispensável à construção das cidades que precisamos”, explica o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma. Defendido pela UN-Habitat como meta para as próximas décadas, o termo resiliência urbana envolve a conciliação do ambiente construído com o natural, remete a cidades que respeitem o meio ambiente, com estratégias para redução de riscos de desastres.
Partindo dessa ideia, o CAU/PE se articula ao Governo do Estado e aos municípios das atingidos tanto no processo de recuperação das áreas urbanas quanto na defesa de políticas públicas que priorizem o planejamento urbano de longo prazo.
“Arquitetos e urbanistas possuem a formação adequada para abordar de forma sistêmica as nossas cidades, com todos os seus problemas e potencialidades. Por isso, temos trabalhado para consolidar redes de debate e ação que envolvam os diversos atores urbanos”, conclui o presidente. A resiliência urbana será um dos assuntos debatidos no Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis, que acontece entre os dias 25 e 27 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco.