Confira detalhes dos trabalhos vencedores em 2022
30 de dezembro de 2022 |
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O CAU/PE premiou profissionais, estudantes e docentes em 2022. Por meio de concurso, foram selecionados os melhores trabalhos em diversas áreas, destinando mais de R$ 100 mil em premiações. Também foram reconhecidos trabalhos finais de graduação e práticas inovadoras de ensino.
Veja aqui detalhes de cada trabalho vencedor:
PATRIMÔNIO
Modalidade Profissional
1º lugar – Trabalho: Requalificação do Antigo Pátio da RFFSA para Implantação do Campos da UNIVASF em Salgueiro/PE
Autores: Arquiteto e Urbanista, Sr. Fernando Augusto Kursancew e Arquiteta e Urbanista, Sra. Elaine de Freitas Borges da Silva
Resumo: O trabalho tem como objetivo preservar as edificações tombadas existentes no terreno, dar novo uso e valorizar todo o conjunto arquitetônico e ambiental, através da implantação do campus universitário da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), conduzida por projeto urbanístico e arquitetônico com linguagem contemporânea e coerente, atentando-se aos valores ambientais do sítio e aos aspectos históricos ligados à expansão da ferrovia em território pernambucano.
2º lugar – Trabalho: Projeto de Requalificação do Mercado de Farinha de Caruaru/PE
Autor: Arquiteto e Urbanista Rodrigo Alexandre Pontes Lucas
Resumo: O antigo Mercado de Farinha é uma das edificações referência para os usuários da Feira de Caruaru, tendo de grande significância social, por estar na memória afetiva dos feirantes e feireiros, por ser um registro histórico da transferência da feira e por ainda estar em funcionamento. A edificação original foi inaugurada em 16 de maio de 1992, e é um equipamento de relevância cultural e histórica para a população caruaruense e de cidades vizinhas, já a Feira de Caruaru teve seu tombamento como Patrimônio Imaterial (2006), tendo o título renovado recentemente junto ao IPHAN. O projeto de requalificação deu ao equipamento um novo uso, mantendo sua função inicial como mercado de farinha na metade do vão principal, sendo a outra metade destinada a um novo uso, o comércio de flores.
Modalidade Estudante
1º lugar – Trabalho: Uma Experiência Coextensiva: Memória, Desígnio e Horizonte
Autores: Anna Flávia Nascimento Souza; Carolina Glasner Tavares; Laís Maria Álvares da Cruz; Thales Natan Cavalcanti de Luna; Wytney Dayanne de Araújo Silva.
Professor Orientador: Arquiteto e Urbanista, Sr. Roberto Antônio Dantas de Araújo,
Resumo: O bairro da Boa Vista, no Recife, se revela como um grande centro cultural e comercial da cidade, e que mesmo com uma desvalorização de seus tecidos históricos ainda se mantém relevante na dinâmica socioespacial do Recife. O espaço escolhido para a realização do projeto possui grande significância para o bairro e envolve a Praça Machado de Assis, sendo circundado pela Avenida Conde da Boa Vista e ruas da Imperatriz Teresa Cristina, da Aurora e Sete de Setembro. Essa área vem passando por processos de mudanças no seu caráter residencial para o comercial, como resultado das iniciativas municipais que foram tomadas desde o século XIX.A partir disso, buscou-se realizar uma análise das vivências, desejos e memórias da população local para a área, enfatizando uma perspectiva de novas necessidades e reorganizando esses conceitos de forma coextensiva.
TCC – PRÊMIO RUSKIN FREITAS CAU/PE de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)
1ª lugar – Trabalho: “Arquitetura flutuante: protótipo de centro de inclusão digital para o Recife”
Autora: Julia Neves Lumack do Monte
Orientador: Bruno de Albuquerque Ferreira Lima
Resumo: O trabalho parte do contexto de vulnerabilidade da cidade do Recife em relação ao aumento do nível do mar para propor a necessidade de se pensar soluções que ajudem a promover a resiliência da cidade perante as mudanças climáticas. A arquitetura flutuante representa um caminho amplamente empregado em outras cidades ao redor do mundo, abrindo a possibilidade de se explorar essa tipologia a partir dos recursos e condicionantes do cenário recifense. Além dessas problemáticas, a pandemia de COVID-19 aprofundou a desigualdade social no país, revelando o fenômeno da exclusão digital sofrido pelas populações de baixa renda em face da migração de diversos aspectos da vida cotidiana para o âmbito digital. Propõe-se o desenvolvimento de um equipamento flutuante adaptável que possa ser acoplado às comunidades com objetivo de fornecer equipamentos e acesso à internet gratuitos.
2ª. Lugar – Trabalho: “Anteprojeto para Centro Quilombola de Formação na Serra das Viúvas-AL”
Autora: Clara Maria Barbosa Teodoro
Orientador: Pascal Machado
Resumo: O trabalho tem como objeto de estudo a Associação de Mulheres Artesãs Quilombolas da Serra das Viúvas (AMAQUI), situada em Água Branca – Alagoas. A associação — pertencente à Comunidade Remanescente Quilombola da Serra das Viúvas, certificada em 2009 — perpetua através da oralidade e do artesanato sustentável as vivências de seus ancestrais, apesar da precariedade de suas instalações. Diante da problemática de apagamento cultural quilombola, a proposta de um anteprojeto arquitetônico para um Centro Quilombola de Formação, o qual permita o ensino, formação e produção de renda relacionados ao artesanato, tendo as mulheres e os jovens como usuários principais. A significância deste projeto se firma sobre a indicação de um partido para arquiteturas que representam seus usuários desde o processo de concepção até o processo de construção, promovendo a propagação da cultura por meio da promoção de suas vivências.
Prêmio CAU/PE Docentes – Práticas Inovadoras
Trabalho: “Memoriar uma cartografia urbana da Várzea”
Docente: Jessica Aline Tardivo
Resumo: o trabalho tem como objetivo concentra-se em desenhar uma cartografia da memória no espaço urbano, aplicando de forma experimental um exercício de leitura que aborda registros fotográficos, desenhos das fachadas, entrevistas com moradores e intervenções coletivas. Desenvolvida por acadêmicos do campo da arquitetura e urbanismo, a prática observa de forma experimental a Várzea, bairro da Zona Oeste do Recife, que mescla entre sua arquitetura atual edificações da época de seu povoamento desde o período colonial português e a ocupação holandesa em Pernambuco.