Fórum da Arquitetura Social une CAU, UFPE e IAB
26 de março de 2018 |
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Palestras, cursos e workshops estão no escopo do Fórum de Arquitetura Social de Pernambuco, modelo que vem sendo formatado para ações conjuntas associadas à arquitetura social (arquitetura vernacular, técnicas construtivas alternativas, legalização fundiária e imobiliária, participação, empreendedorismo social). A previsão é que iniciativa seja lançada em maio deste ano.
A ação está sendo articulada conjuntamente entre o CAU/PE, Instituto de Arquitetos do Brasil em Pernambuco (IAB/PE) e Universidade Federal de Pernambuco, por meio da Coordenação de Extensão em Arquitetura.
Entre as propostas para o primeiro evento, palestra com a arquiteta e professora Ângela Gordilho para falar sobre a a especialização da UFBA chamada de “Residência em Arquitetura e Engenharia” voltada para áreas carentes. A bem-sucedida experiência na realização de concursos públicos de projetos para a chamada habitação de interesse social, no Distrito Federal, também está na programação, com o arquiteto Gilson Paranhos, da Companhia de Habitação – CODHAB de Brasília.
“Nosso principal foco é consolidar um campo de debates e ações através do qual possamos refletir sobre o perfil profissional do arquiteto pernambucano neste século 21”, diz o professor Ênio Laprovitera, Coordenador de Extensão do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU/UFPE).
Ele destaca que apenas 10% das construções no Brasil são feitas por arquitetos e uma estimativa preliminar aponta que, deste universo, quase 90% está nas mãos de menos de 10% dos arquitetos. “Não obstante a importância do olhar e da palavra terem se alargado muito no campo da arquitetura – onde cabe quase tudo que se vê sobre a cidade – o gesto (projeto), não só diminuiu drasticamente, como ainda exclui os territórios ditos informais ou populares”, afirmou.
Pautado nesse olhar os eventos e ações terão um duplo viés: reflexão conceitual – daí a importância e proximidade com as universidades – associada a uma tentativa de criar um campo de formação e ação prática que possa contribuir para a consolidação de um perfil profissional mais próximo da arquitetura social.
Por estas razões, explica Laprovítera, o primeiro evento trará um debate cruzado, uma experiência de formação universitária em habitação social e uma experiência na espera pública que reúna urbanização, legalização e assistência técnica em projeto de arquitetura para áreas informais.